A maioria de nós sabemos que a formação do cidadão transforma a sociedade, e que, a  educação é a ferramenta essencial para este feito. Essa ferramenta além de transformar, multiplica e desenvolve habilidades às vezes adormecidas ou nunca fomentadas. Faz-se necessário, na data de hoje – 26 de janeiro, pontuar a importância da Educação Ambiental como instrumento multiplicador que transforma e faz compreender necessidades contemporâneas.

Em meados de 1960 já visualizava-se que atividades resultantes do desenvolvimento econômico trariam impactos ao meio físico, biótico e social – ameaçando a condição de sobrevivência. Entretanto, não havia um termo específico nem condições programáticas que promovessem ações de valorização ao meio ambiente, somente em 1965 – com o surgimento do termo Educação Ambiental, na Conferência de Educação da Universidade de Keele, na Grã-Bretanha.

Diante do desenvolvimento exacerbado e de grandes catástrofes tornou-se cada vez mais imprescindível a elaboração, adoção e execução de um modelo de “educação” com objetivos alcançáveis a serem desenvolvidos por todos os seres conscientes – vislumbrando justamente desenvolver habilidades individuais para o bem coletivo. Por isso, nos grandes encontros e conferências organizados pelas instituições interplanetárias pautou-se inúmeras vezes acerca do tema. Esses eventos direcionaram uma elucidação, trazendo a perspectiva do “projetar com olhos para o futuro”, o que podemos chamar de “o despertar da consciência ambiental”.

Este despertar desenvolveu-se acompanhado de Declarações — como a de Estocolmo (1972), que trazia 26 princípios, além da criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); da Carta de Belgrado — respostas às recomendações resultantes do Encontro de Estocolmo; entre outros.

Foi apenas 1975 que as Nações Unidas decidiu potencializar o fomento à sensibilização, instaurando o dia 26 de Janeiro como Dia Mundial da Educação Ambiental, vislumbrando a proteção ao meio ambiente por meio da educação — balizando-se na Carta de Belgrado”, marco conceitual no tratamento das questões ambientais. O documento sintetiza a relevância do marco conceitual ligado às questões ambientais — pontuando problemas e soluções pertinentes para a vida.

Durante os anos 2000, a Organização das Nações Unidas (ONU), também estabeleceu diretrizes que pudessem interligar os seres, recursos e o meio a que estão inseridos — conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Esses objetivos tinham por finalidade, do ano de 2000 até o ano de 2015: acabar com a fome e a miséria; oferecer educação básica de qualidade para todos; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde das gestantes; combater a Aids, a malária e outras doenças; garantir qualidade de vida e respeito ao meio ambiente; e estabelecer parcerias para o desenvolvimento.

O sucesso dos Objetivos do Milênio (ODM) oportunizou a evolução dos ODM para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Durante o Rio+20 (2012), os 193 países membros entenderam que seria possível trabalhar em uma evolução dos objetivos, seguindo o modelo incorporado, com metas até o ano de 2030.

Fonte: Econsult Group

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) tem 17 objetivos que interligam-se e têm por propósito a promoção de ações fundamentais para o desenvolvimento sustentável de forma intercontinental. Esses objetivos estão ligados a Agenda 2030, balizada em 05 (cinco) eixos de atuação: Paz, Pessoas, Planeta, Prosperidade e Parcerias.

Pessoas – “garantir que todas as pessoas tenham acesso aos meios necessários para desfrutar de uma vida saudável e satisfatória, independentemente de sua identidade de gênero, raça, origem étnica ou posição social”.

Planeta – “garantir a proteção do planeta por meio do consumo e de produções sustentáveis, da gestão sustentável dos recursos naturais, da tomada de medidas urgentes acerca das mudanças climáticas, dando suporte às necessidades das gerações presentes e futuras”.

Prosperidade – “garantir que todos possam desfrutar de uma vida próspera e de realização pessoal, e que o progresso econômico, social e tecnológico ocorra em harmonia com a natureza”.

Paz – “promover sociedades pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência”.

Parcerias —  “mobilizar os meios necessários para implementar a Agenda 2030 por meio de uma Parceria Global para o Desenvolvimento Sustentável, com a participação de todos os países”.

Fonte: Movimento Nacional ODS Santa Catarina

A Educação Ambiental é uma ferramenta atemporal de grande pertinência para a sensibilização — de ordem econômica e social sustentável. A mesma pode ser executada por todos, de formas variáveis e em um contexto interplanetário. A Educação Ambiental deve ser um conceito de desenvolvimento, que enxerga e respeita a satisfação das necessidades de todos os cidadãos deste planeta.

Nos mais diversos projetos e estudos ecossistêmicos, nas mais diversas  áreas de atuação, pode-se utilizar a Educação Ambiental como ferramenta essencial para o alcance e transformação, balizando-se em uma missão e valores de comprometimento com o meio ambiente.

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